Infraestrutura Disponível na Instituição Receptora:
6.1 Laboratório de História Oral e Laboratório de Ensino de História.
Os laboratórios de História Oral e Ensino de História, do Programa de Pós-Graduação em História do Brasil, montados a partir da ação dos professores do Departamento de História, estão equipados com: bancadas, TV, DVD, Data Show, tela de projeção, terminais de informática, máquina digital, filmadora e material para expediente que podem ser utilizados pelos alunos do doutorado.
6.2. Biblioteca setorial da Pós-Graduação em História
Na biblioteca do Programa de Pós-Graduação em História do Brasil é composta por um acervo total de 15229. Existem 1.190 títulos integrantes da bibliografia básica do Curso de História, com 4.814 exemplares disponíveis para a consulta dos futuros doutorandos. Funciona nos seguintes horários: de segunda a sexta-feira de 8h às 18h e no sábado de 8h às 12h. Essa biblioteca oferece pesquisa on-line ao catálogo de seu acervo aos periódicos CAPES, através de vários terminais. Há uma extensa listagem de títulos com compra autorizada e que está em processo de licitação.
Podemos expor a biblioteca do PPGHB a partir do seguinte quadro:
ESTRUTURA DA BIBLIOTECA
6.3. Museu Ozildo Albano
No Museu Ozildo Albano, fundado na década de 1960, por iniciativa pessoal do próprio Ozildo Albano, os pesquisadores poderão pesquisar em um diversificado acervo documental, fotográfico, bibliográfico e uma série de documentos pessoais doados por diversas famílias da região e de outras localidades. Especificamente, o museu conta com um arquivo, a biblioteca, fonoteca e fototeca, acervo material (armas de fogo e mobiliário), documentos referentes à compra e venda de escravos, à batalha do Jenipapo, à Guerra dos Balaios, às eleições do município de Picos e sobre a administração de Oeiras (quando capital da província do Piauí). Existem, também, documentos particulares referentes às famílias da região.
6.4. Núcleo de Pesquisas, Documentação e Memória (NUPEN) e Núcleo de História Oral (NHO)
Em Teresina, os Núcleos que serão colocados à disposição do Doutorado são o Núcleo de Pesquisas, Documentação e Memória da UFPI (NUPEM) e o Núcleo de História Oral (NHO). Ambos foram montados a partir de iniciativa de professores do Departamento de Geografia e História, como suporte para professores, alunos da graduação e pós-graduação. São vinculados ao Centro de Ciências Humanas e Letras. Ao todo são dotados de sete (7) computadores Pentium III, equipados com gravadores de CDRW-LG; duas (2) impressoras jato de tinta, mesas para computadores no número de máquinas mencionado acima, armários de aço, uma filmadora digital super VHS, duas (2)máquinas fotográficas digitais, uma (1) máquina leitora e copiadora de microfilmes, uma (1) tela de projeção de 1,80 x 1,80 com tripé, um (1) televisor colorido de 29 polegadas com controle remoto, um (1) projetor multimídia portátil e cinco (5) gravadores de fita magnética cassete (portátil).
Como espaços de apoio, esses Núcleos devem ser transformados em suporte para a realização de pesquisas. Por esta razão, além dos equipamentos, foram adquiridos microfilmes de jornais do Piauí que estão depositados na Biblioteca Nacional. Em sua política para o futuro, os dois Núcleos têm como meta adquirir outros microfilmes de jornais e outros documentos que tratem do Piauí. Esses núcleos dispõem, ainda, de material sobre o período colonial, o qual foi copiado de arquivos de Portugal e de documentos do arquivo pessoal do pesquisador Cláudio Melo, documentos estes recebidos por meio de doação e que poderão ser utilizados pelos futuros alunos do Doutorado.
Assim, professores e alunos podem inscrever, nesses núcleos, seus projetos de pesquisa e, a partir desse ato, utilizar todos os equipamentos que a instituição dispõe. As pesquisas que já estão sendo realizadas e aquelas que deverão ser feitas vão ajudar na constituição de um acervo que será depositado no próprio Núcleo.
6.5 Arquivo Público do Piauí
O Arquivo Público foi fundado em 1909, ao longo dos anos, tem recolhido e preservado documentos da Administração Pública do Estado, sendo este material o principal acervo de fontes primárias que estão à disposição dos pesquisadores. É depositário de documentos dos três poderes, mas também possui uma Hemeroteca, uma Fototeca, uma Biblioteca e um conjunto de entrevistas gravadas, acervo constituído pelo Núcleo de Historia Oral da Fundação CEPRO, hoje desativado. As fontes orais que estão depositadas nesse arquivo constituem um total de 37 entrevistas com homens públicos que atuaram na Medicina e na Política (ex-governadores, ex-senadores, ex-deputados, ex-prefeitos ex-vereadores). Existem, também, depoimentos de pescadores, operários entre outros.
O Fundo Legislativo é constituído de documentação do período compreendido entre 1725 e 1996. Inclui documentos das três esferas: federal, estadual e municipal. Os documentos são: leis, decretos, projetos de leis, até atas de sessões legislativas. O Fundo Judiciário é composto de 14 cartórios judiciais e extrajudiciais do Estado, além de documentos do Tribunal Eleitoral e da Justiça Federal do Piauí. Os documentos deste Fundo recobrem o período compreendido entre 1778 e 1945. Inclui, também, um leque variado de documentos: certidões de nascimento, de casamentos, de óbitos, imóveis, inventários, sesmarias, inquéritos policiais e listas eleitorais. O Fundo do Executivo, por sua vez, é constituído de documentação que recobre o período de 1753 a 1985. O acervo é composto de documentos oriundos do Palácio do Governo, Ministérios, Secretarias de Estado e Municípios, além de coleções especiais.
A Hemeroteca, por sua vez, compõe-se de 393 títulos de jornais e revistas que recobrem o período de 1854 aos dias atuais. Desse total, 28 títulos estão microfilmados. Dentre as revistas, podem-se citar revistas da Academia Piauiense de Letras, Instituto Histórico e Geográfico do Piauí e Instituto Histórico de Oeiras.
A Fototeca é constituída de um acervo formado por dez mil (10.000) fotografias de Teresina e outros municípios piauienses. São fotos de ruas, praças, prédios públicos e privados.
A Biblioteca de apoio reúne livros, sobre o Piauí, que abordam os aspectos político, econômico, social e obras de áreas como Literatura, História, Geografia, entre outras. Desse acervo, as Leis, Decretos, Mensagens e Relatórios de governos são consultados com muita frequência.
Com isso, o Arquivo Público do Piauí é o maior suporte em termos de documentação para os futuros doutorandos em História. Tem sido assim em relação a todos os pesquisadores de História e de outras áreas das ciências humanas não só do Piauí, mas também de outros estados brasileiros, tais como o Ceará, o Maranhão, a Bahia e Pará.
6.6 Biblioteca Acadêmico A. Tito Filho
A Biblioteca "Acadêmico A Tito Filho" pertence à Academia Piauiense de Letras e possui um acervo bibliográfico de aproximadamente oito (8) mil títulos. Nesse conjunto de obras, predomina o gênero da literatura ficcional, mas existem obras de outras áreas do conhecimento, tais como Geografia, Sociologia, Filosofia, História. Esta última é privilegiada em virtude de muitos acadêmicos terem sido ou serem historiadores e memorialistas.
Por outro lado, a biblioteca possui uma coleção da "Revista da Academia Piauiense de Letras" que teve iniciada a sua publicação em 1918. Também contém o acervo dos Almanaques da Parnaíba que contem informações sobre a história do norte do Piauí. Embora existam falhas na periodização, constitui-se em instrumento valioso de consulta sobre a sociedade piauiense durante praticamente todo o século XX. Todo o seu arquivo está distribuído da seguinte forma: 6.916 livros, 1.041 periódicos e 253 folhetos.
6.7. Biblioteca Comunitária Jornalista Carlos Castelo Branco
A Biblioteca Comunitária Jornalista Carlos Castelo Branco (BCCB) – biblioteca da UFPI - possui mais de 70 mil títulos e mais de 90 mil volumes (livros, revistas, dicionários, etc), disponibilizados, ainda, para que sejam consultados pela comunidade em geral, bem como para o empréstimo automatizado a professores, alunos e funcionários. As restrições de empréstimos são feitas apenas aos periódicos, os quais devem ser utilizados para consulta interna.
6.8 Núcleo de Estudos do Piauí
O Instituto Dom Barreto, instituição de ensino secundário da rede privada, sediada em Teresina, montou o Núcleo de Estudos do Piauí e que hoje possui aproximadamente 5.000 títulos, os quais tratam da História sócio-econômica do Estado. O acervo desse núcleo possui, também, uma coleção da Revista Cadernos de Teresina, publicação da Fundação Cultural Monsenhor Chaves, fundação criada pelo Município para apoiar o movimento cultural da cidade e cujo primeiro numero foi editado em 1987.
As temáticas dessa revista estão direcionadas para as questões urbanas do município de Teresina, em especial, mas foram publicados textos sobre temas que envolvem a sociedade piauiense e brasileira. Podem ser encontrados, também, textos sobre Antropologia, Sociologia, Arqueologia, Arquitetura e Urbanismo, Artes Plásticas, Cinema, Comunicação, Fotografia, História, Literatura, Música, Patrimônio Histórico, Violência Urbana. Também merece destaque a coleção de revistas publicada pela Fundação CEPRO.
Dessa forma, esse instrumento de divulgação cultural pode ser importante como obra de referência e lugar onde os futuros doutorandos possam publicar textos sobre os resultados de pesquisas. Deve-se acrescentar que o Núcleo de Estudos do Piauí possui um dos maiores acervos bibliográfico sobre o Estado do Piauí e que os pesquisadores têm se aproveitado dele. Acrescente-se, ainda, a isso que a instituição sempre disponibilizou o Núcleo, para que estudantes possam acessar o material ali existente.
6.9 A Fundação CEPRO
A Fundação CEPRO é uma instituição técnico-científica criada em 1971 e que, ao longo dos seus mais de trinta anos, tem desenvolvido pesquisas e publicado trabalhos sobre a realidade sócio-econômica piauiense. A sua biblioteca conserva um acervo importante sobre o Piauí e que pode (e deve) ser referência para os doutorandos de História Social. É importante destacar, também, que a produção do conhecimento científico ali produzido alta qualidade, pois muitos dos técnicos que desenvolveram as pesquisas ao longos desses anos atualmente compõe o quadro de professores efetivos da Universidade Federal do Piauí.
Essa Fundação edita a Revista Carta CEPRO, periódico este que teve o seu primeiro número publicado em 1974 e constitui-se em excelente obra de referência para quem estuda os mais variados aspetos da sociedade piauiense.
O leque de temas abordado é vasto e do acervo registrado na biblioteca pode-se destacar a Série Oportunidade de Investimentos, com pesquisas sobre a agricultura, a pecuária, e indústria de transformação; na Série Ensaios Econômicos, pesquisas e estrutura econômica piauiense, distribuição espacial da produção piauiense, distribuição espacial da produção primária, aspectos do mercado de trabalho em Teresina, entre outros; na Série Publicações Avulsas, onde se concentra a maior quantidade de pesquisas, portanto, de temas, podem ser encontrados trabalhos sobre a História do Piauí (Cronologia do Piauí Republicano; Governadores do Piauí: perspectiva histórica; Piauí: evolução, realidade e desenvolvimento etc), trabalhos sobre Geografia, Demografia, Economia, Meio Ambiente, Municípios piauienses, estudos sobre a conjuntura. Nesta série, existe um conjunto de trabalhos já disponibilizados através de CD-ROM. Há, ainda, a Série Relatório de Pesquisa - rica em informações sobre os mais variados aspectos da vida piauiense -, a Série Estudos Diversos e a Série Recursos Naturais.
Desse modo, a Instituição que pode ser considerada a precursora das pesquisas econômico-sociais no Piauí tem sido um suporte de relevante significação para o Programa de História (Especialização e Mestrado) da Universidade Federal do Piauí.
Pelo exposto, apreende-se que a UFPI e as instituições piauienses dispõem de instalações específicas, de equipamentos que podem dar o suporte necessário para o desenvolvimento dos créditos e das atividades de pesquisa para o Doutorado do Programa de Pós-Graduação Interinstitucional em História, além de apresentar uma real demanda de capacitação para seu corpo docente, justificando a concretização do projeto. Tais atividades serão complementadas pela vivência do estágio na instituição promotora.